Painel na Cúpula de Líderes aborda mudanças no comportamento do consumidor e novos modelos de mercado
Painel “O Futuro do Varejo no Brasil” | Foto: Reisy Ruzzi
Varejo, economia, sustentabilidade e tecnologia foram os pontos de destaque no painel “O Futuro do Varejo no Brasil”, na Cúpula de Líderes – The Global Leadership Summit, da CACB. Cristiane Amaral, sócia da EY, líder do segmento de Consumo, Produtos e Varejo da América Latina, destacou as incertezas enfrentadas por empreendedores globais no cenário econômico atual: “Eles me perguntam se devem ou não continuar no Brasil, se devem investir ou não no país”. Mesmo em um contexto desafiador, Cristiane acredita que a diversidade dos setores no Brasil representa uma oportunidade única para investimentos.
Comportamento do consumidor
A pandemia transformou o modo de consumo e, segundo Cristiane, hoje há cinco perfis emergentes: consumidores focados em acessibilidade, saúde, sustentabilidade, responsabilidade social e experiência. Dados da EY indicam que 83% dos consumidores pensam no futuro e 58% se preocupam com a economia do país. “O aumento do custo de vida e da saúde continua sendo uma das principais preocupações”, observou. No entanto, esses consumidores buscam produtos sustentáveis e saudáveis sem disposição para pagar mais, adaptando-se às mudanças com recursos financeiros limitados.
A publicidade e os influenciadores digitais também foram pauta. A especialista destaca que 73% dos consumidores compram com base nas recomendações de quem eles seguem nas redes sociais.
Transição do modelo “Old School” para o novo varejo
O varejo passou por mudanças significativas nas últimas décadas. No passado, o modelo tradicional era focado em três pilares: Escopo (variedade de produtos), Eficiência (valor pelo dinheiro) e Escala (amplitude de alcance). Hoje, o novo varejo foca em economia de tempo, criação de experiências e soluções personalizadas para os problemas dos clientes. Cristiane destacou: “Se não nos adaptarmos a esse novo ecossistema, não conseguiremos competir”.
Para enfrentar esses desafios, Cristiane deu orientações sobre como as empresas podem se aproximar dos consumidores:
– Ser invisível: priorizar velocidade, conveniência e eficiência;– Ser indispensável: oferecer soluções personalizadas em um ecossistema interconectado de parceiros;– Ter intimidade: proporcionar experiências que envolvam e fidelizem o cliente.
Foto: Reisy Ruzzi
Educação e Infraestrutura como bases para o futuro
Cristiane concluiu o painel ressaltando a importância de investir em educação e infraestrutura para adaptar o mercado ao avanço tecnológico. Com a transformação dos postos de trabalho, aqueles que não se qualificarem serão substituídos. “Incentivem as pessoas a se prepararem para esse mercado diferenciado”, afirmou, apontando para a importância da adaptação na nova era do varejo.
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